A
lei de Deus afirma que o sexo só deve ser vivido no matrimônio; não há
outro lugar para a vida sexual. “A mulher não pode dispor do seu corpo:
ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu
corpo: ele pertence à sua esposa” (1 Cor 7,4). Note que São Paulo não
fala em namorados e noivos, mas esposa e marido.
Paul
Claudel, diplomata e escritor francês, disse: “A juventude não foi
feita para o prazer, mas para o desafio”. Estamos em um mundo erotizado
até à exaustão, e tenho pena dos jovens por isso. Mas mesmo assim, Jesus
continua a chamá-los, bravamente, a uma vida de castidade. Hoje isso é
uma marca do verdadeiro jovem cristão.
Um
jovem casto é um jovem forte, cheio de energias para sua vida
profissional e moral. É na luta para manter a castidade que você se
prepara para ser fiel à sua esposa amanhã. A grandeza de um homem não se
mede pelo poder que possui de dominar os outros, mas pela capacidade de
dominar a si mesmo. Gandhi dizia que: “A castidade não é uma cultura de
estufa… A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente
não pode alcançar a firmeza necessária”. E acrescenta: “A vida sem
castidade parece-me vazia e animalesca”. E também: “Um homem entregue
aos prazeres perde o seu vigor, torna-se efeminado e vive cheio de medo”
(Toschi Tomás, “Gandhi, mensagem para hoje”, Editora Mundo três, SP,
1977, pg. 105ss).
Alguns querem se permitir um grau de intimidade “seguro”, isto é, até que o “sinal vermelho seja aceso”; aí está um grave engano. Quase sempre o sinal vermelho é ultrapassado e, muitas vezes, acontece o que não deve. Quantas namoradas grávidas…
Para
haver a castidade nos nossos atos é preciso que antes ela exista em
nossos pensamentos e palavras. Jamais será casto aquele que permitir que
os seus pensamentos, olhos, ouvidos, vagueiem pelo mundo do erotismo. O
jovem e a jovem cristãos terão de lutar muito para não permitir que o
relacionamento sexual os envolva e abafe o namoro. Jesus deu a receita
da castidade: “Vigiai e orai” porque “a carne é fraca” (cf. Mt 26, 41).
O
namoro não existe para que vocês conheçam os seus corpos… mas as suas
almas. Um namoro puro só será possível com a graça de Deus, com a
oração, a vida sacramental, a reza do Terço, com a vigilância e,
sobretudo, quando os dois quiserem se preservar um para o outro. Será
preciso, então, evitar todas as ocasiões que possam facilitar um
relacionamento mais íntimo. O provérbio diz que “A ocasião faz o
ladrão”, e que “Quem brinca com o perigo nele perecerá”. Se você sabe
que, naquele lugar, naquele carro, naquela casa, etc., a tentação será
maior do que suas forças, então, fuja desses locais. Essa é uma fuga
justa e heróica.
É
preciso lembrar às moças que o homem se excita principalmente pelos
olhos. Então, cuidado com a roupa que você usa; com os decotes, com o
comprimento das saias… Não ponha “pólvora” no sangue do seu namorado se
você não quer vê-lo “explodir”. O namoro não é o tempo de viver as
carícias matrimoniais, pois elas são o prelúdio do ato sexual, o qual
não deve ser realizado nessa fase. O que precisa haver entre os
namorados é carinho, não as carícias íntimas. Muitas vezes os casais não
se dão conta disso. Não provoque seu namorado.
Jovem
cristão, você está diante de um belo e enorme desafio: viver a
castidade no meio deste mundo “sexualizado” e erotizado ao extremo. Mas
você sabe que quanto maior é a luta, mais valiosa é a vitória! Por isso
eu lhe digo: se tivesse de dar uma medalha de ouro puro para um jovem
que luta para ser casto ou para um general que ganhou uma grande
batalha, eu a daria ao jovem.
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