“E não podia estarmos no melhor lugar”, diz Dilma Rousseff nos
primeiros segundos do discurso que abriu oficialmente a campanha em São
Paulo [veja vídeo abaixo]. “A poucos metros daqui São Paulo cumeçô. E num cumeçô em torno de
um lugar qualquer, cumeçô em torno de um colégio”. Na continuação do
falatório, a oradora aprendiz vai criticar o governo José Serra “porque
trata mal os professores”. Pela expressão longinqua, nem notou que
acabou de assassinar o sistema de ensino.
“Podia estarmos”, disse Dilma. Parece mentira, mas é isso mesmo. Ao internar no Sanatório Geral a fala da sucessora que
Lula inventou, o jornalista Celso Arnaldo foi direto ao ponto: “É
construção para ser embargada até por um fiscal analfabeto e entra,
imediatamente, para a galeria dos piores momentos da pior candidata da
história da República”. É coisa suficientemente desastrosa para que
Dilma seja interditada por todos os eleitores que não perderam de vez o
juízo, acrescento.
O cérebro não é dividido em compartimentos estanques. Quem é incapaz
de dizer o que pensa não sabe pensar. E quem não tem a cabeça em ordem
não pode governar um país. O doutorado que não houve, hoje, é uma
questão irrelevante. Para quem não é idiota por destino ou opção, está
claro que Dilma Rousseff, se o sistema educacional funcionasse, não
teria completado o curso secundário. Não teria diplomas a pendurar na
parede. Mas se apresenta como economista formada em faculdade. De que
forma se operou tal milagre?
Os diretores das escolas em que Dilma estudou se recusam a exibir à
imprensa os boletins da aluna, as notas que a contemplaram, a
demonstração de um teorema, mesmo uma composição à vista de uma gravura.
Tal comportamento não depõe a favor da aluna. Por que alguém ocultaria a
prova de que participou da formação escolar da superxecutiva nascida
para aperfeiçoar o Brasil reconstruído por Lula? Pois tratemos de obter
por conta própria o que os cúmplices escondem.
Os leitores e comentaristas da coluna, sobretudo os integrantes do
poderoso batalhão acantonado em Minas Gerais, devem transformar-se
imediatamente em repórteres incumbidos da reconstituição da misteriosa
trajetória da estudante. Fontes é que não faltam. Não são poucos os
ex-professores, ex-colegas de turma ou companheiros de festa de
formatura dispostos a contar a verdade. Que sejam todos confrontados,
por exemplo, com dois atentados recentes promovidos pela mulher que
ameaça virar presidente do Brasil.
Primeiro: “Os meus adversários, principalmente o adversário, eles
sistematicamente erram. Fizeram coisas assim que… Por exemplo… Eu não
vou dar exemplo porque não é da minha responsabilidade falar sobre ele”.
O que quis dizer a declarante? Segunda: “Eu não olhei porque achei que
era aquele programa não achei que iam colocar outro programa”. De novo: o
que quis dizer a declarante?
Os que fazem cara de paisagem quando ouvem coisas assim, diria a
própria Dilma, “não podia serem” mais idiotas. Ou mais espertamente
míopes. Ou mais criminosamente cínicos.
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