[Com o atraso de uns cinco dias, publico este excelente texto de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo de Guarulhos, SP. Os sublinhados são por conta do autor. Graças a Deus, que um pastor não deixou de zelar pelo seu rebanho.Que a Santíssima Virgem Maria o possa conservar no seu cuidado pelo rebanho que lhe foi confiado. Caro leitor, divulgue estas palavras! Parabéns a Sua Excelência Reverendíssima!]
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Com esta frase Jesus definiu bem a
autonomia e o respeito, que deve haver entre a política (César) e a
religião (Deus). Por isto a Igreja não se posiciona nem faz campanha a
favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar
para que o que é de “Deus” não seja manipulado ou usurpado por “César” e
vice-versa.
Quando acontece essa usurpação ou
manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido
ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência
ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é
de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer
dominar ou substituir- se ao estado, pois neste caso ela estaria
usurpando o que é de César e não de Deus.
Já na campanha eleitoral de 1996,
denunciei um candidato que ofendeu pública e comprovadamente a Igreja,
pois esta atitude foi uma usurpação por parte de César daquilo que é de
Deus, ou seja o respeito à liberdade religiosa.
Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente),
ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da
punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem
defensores da vida, se
posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto,
contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.
Na condição de Bispo Diocesano, como
responsável pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da
lei natural que – por serem naturais procedem do próprio Deus e por
isso atingem a todos os homens -, denunciamos e condenamos como
contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida,
dom de Deus,como o suicídio, o homicídio assim como o aborto pelo qual,
criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente
incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e
aprovada por alguns políticos não pode ser aceita por quem se diz
cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora
repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de
condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; MT 5,21).
Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais “liberações”, independentemente do partido a que pertençam.
Evangelizar é nossa responsabilidade, o
que implica anunciar a verdade e denunciar o erro, procurando, dentro
desses princípios, o melhor para o Brasil e nossos irmãos brasileiros e
não é contrariando o Evangelho que podemos contar com as bênçãos de Deus
e proteção de nossa Mãe e Padroeira, a Imaculada Conceição.
D. Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo de Guarulhos
Bispo de Guarulhos
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